sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Woody Woodpecker


"Vamos falar errado, mas vamos andar direito". Dizia um tio meu. Nunca tinha parado pra pensar no quanto essa frase é profunda.

Gostava muito de desenhos animados. Passava horas e horas em frente à uma TV com os olhos vidrados e brilhando para assistir um dos meus favoritos: "Pica-pau".
Um clássico desenho da TV, criado pelo famoso cartunista Walter Lantz na década de 40, que ainda hoje certamente desperta um sentimento de nostalgia em muitos jovens pelo mundo.

O seu criador sempre se preocupou em fazer um personagem brincalhão, divertido e cheio de carisma que pudesse contagiar uma população imensa durante quase sete décadas. E conseguiu.
Mas uma coisa interessante que eu vim perceber depois de mais velho, quando assistia alguns episódios selecionados, é que a personalidade do pássaro mais famoso do mundo foi sendo mudada de acordo com o tempo. Na sua primeira versão, o Pica-pau apareceu como um pássaro maluco, de temperamento grotesco, porém engraçado. Essa imagem de um Pica-pau biruta foi sendo moldada ao passar dos anos e do sucesso para um Pica-pau mais refinado e de atitudes mas tranquilas e parecidas com as de um cidadão civilizado.

O mais incrível dessas mudanças é que eu não prestava atenção nelas. Por mais que o Pica-pau fosse biruta ou cheio de classe, por mais que ele tivesse atitudes diferentes em cada desenho ou versão, por mais que ele tivesse dubladores diferentes, ele continuaria sendo o Pica-pau: o mesmo do início da década de 40, o mesmo personagem de cabelo vermelho que tinha os pés amarelos e acima de tudo, o mesmo personagem brincalhão, divertido e cheio de carisma que contagiou uma população imensa durante quase sete décadas.

Mude quando for preciso, seja mais fino, ou quem sabe, mais biruta. Ande devagar, mas tome cuidado para não parar. Ande rápido, mas tome cuidado para não tropeçar e cair violentamente contra o chão. E o mais importante: nunca deixe a sua essência, a que faz você parecer alguma coisa para alguma pessoa. Muitas vezes falamos errado demais, só temos que tentar andar como é pra se andar sempre.

E quer saber de uma coisa?
Os desenhos animados de hoje em dia não são mais como os de antigamente.

Monzitti Baumann

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ainda aprendendo

Cada dia é como uma aula, e os professores estão no ar que respiramos.

Histórias me fazem abrir muito a mente e gravar coisas que não posso esquecer nunca.
Não conheço o autor dessa, mas é realmente interessante olhá-la como um verdadeiro aprendiz:

"No meio de uma tribo de animais comandada por três leões estava havendo uma disputa para ver quem deles assumiria o posto de maior poder entre o trio. Como eram amigos, os leões preferiram não brigar e tentaram resolver o problema com um desafio: o de subir a montanha mais alta da região. Era de difícil acesso e seu topo chegava a fazer medo a quem estava no baixo vale em que se encontravam os animais que ali viviam. Contudo, subiram para tentar alcançar o topo e, consequentemente, o título de rei da tribo.
O primeiro a subir conseguiu chegar quase ao meio da montanha, e quando não teve mais forças pra continuar, disse:
-É, montanha. Você me venceu!
O segundo, conseguiu chegar até exatamente ao meio dela. Era muita coisa, porém não era o bastante para alcançar a vitória. E assim sentindo-se derrotado, disse para a montanha:
-É, montanha. Você me venceu.
O terceiro batalhou com todas as forças que podia, lutando contra o medo e o cansaço, esgotando as suas últimas energias. Mas não conseguiu chegar ao tão sonhado topo. Mas, em tom de vitória disse para a árdua montanha:
-É, montanha. Você me venceu... Por enquanto. Pois você não vai crescer ou aprender mais do que isso, e eu vou!"

Nem sempre é tão ruim dizer "ainda falta"
Nem sempre é tão vergonhoso de dizer "ainda não estou maduro"
Nem sempre dói dizer "ainda não aprendi"

Precisamos entender que o melhor de tudo é nos restar o "ainda" e crescer com ele.